A economia da Espanha dá sinais de recuperação. E os preços dos imóveis, que caíram, em média, 14% entre 2008 e 2012, segundo o consultor imobiliário René Leutenegger, tiveram um aumento de 0,8% no segundo trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2013 - essa foi a primeira alta desde o início da profunda crise ocorrida no setor. René é representante exclusivo no Brasil do Grupo VAPF e da Maisa Promociones, incorporadoras com forte presença na região de Alicante, a badalada Costa Blanca.
A elevação de preços ainda é pequena, mas indica que o mercado imobiliário espanhol está voltando a se aquecer, não só refletindo os números ascendentes da macroeconomia, mas também o próprio interesse de estrangeiros pelos imóveis: cerca de 18% das unidades à venda na Espanha foram adquiridas, no segundo trimestre, por cidadãos de outros países.
Esse reaquecimento da economia e do mercado imobiliário espanhóis, na opinião de René, apenas reforça o atrativo exercido pelas milhares de casas e apartamentos à venda no país, pois eles ainda estão com preços baixos, se comparados com o Brasil, e tendem a se valorizar nos próximos anos.
Um imóvel na Costa Blanca, uma faixa litorânea de cerca de 200 km, na província de Alicante, exemplifica o consultor imobiliário, pode custar até menos que uma casa ou apartamento em São Paulo ou no Rio de Janeiro. Segundo René, Alicante se tornou, nos últimos anos, uma espécie de "Miami europeia", atraindo, de vários países do continente, turistas, empresários e pessoas que querem morar lá, definitivamente. "É uma região espetacular", diz. “Os imóveis para revenda na Costa Blanca custam a partir de 50 mil euros, e os novos, 97 mil euros”, informa.
Outro atrativo dos imóveis, além de seu preço, é a facilidade com que os brasileiros podem comprá-los. Segundo René, a sua empresa, a Alicante Imóveis, faz a intermediação do negócio, cuidando de toda a burocracia e até acompanhando o cliente numa viagem à Espanha para ver de perto as casas ou apartamentos.
O consultor explica que o processo de compra se inicia com a obtenção de um número fiscal conhecido como NIE (número de identificação de estrangeiros). “É um procedimento simples e nós podemos ajudar o cliente”, diz ele. Caso o pagamento seja à vista, basicamente será preciso o passaporte válido, o NIE e um cheque administrativo espanhol. Se for feita a opção por financiamento, serão necessários também cartas de referência, carta emitida por um contador com comprovação de rendimentos, extratos bancários que comprovem que o saldo é suficiente para a compra do imóvel, mais despesas da escritura e seis meses do valor da prestação.
Normalmente é realizado o depósito de um sinal em escritórios da imobiliária, incorporadora, cartório ou advogado, onde será assinada a escritura. Também é feita uma verificação na documentação do imóvel: IPTU, condomínio, penhoras, dívidas atrasadas etc. O contrato de compra e venda é elaborado pelo corretor de acordo com as leis da Espanha. As ofertas são aceitas somente por escrito e com um sinal correspondente a 10% do valor do imóvel.
René explica ainda que os brasileiros podem se beneficiar da Lei 14/2013, de apoio a empreendedores e internacionalização, segundo a qual os estrangeiros que pretendem entrar ou residir ou que já morem na Espanha terão seu visto e cidadania facilitados ao realizarem investimento significativo de capital para a compra de um ou mais imóveis no país, com um investimento de valor igual ou superior a 500 mil euros.
René também esclarece que a Alicante Imóveis dispõe em seu portfólio de imóveis de alto padrão, em charmosas "vilas", em edifícios, ou mesmo em áreas privativas, que contam com serviços exclusivos antes, durante e depois da compra, como gestão de pessoal e manutenção do imóvel (limpeza do jardim e da piscina), limpeza interna, segurança, aluguel de automóveis, traslado do aeroporto, aluguel de iates, barcos e aviões e "personal shopper", entre outros.
"Temos uma variedade de imóveis que certamente agradará desde quem pretende adquirir uma unidade para passar férias, para morar definitivamente ou até como investimento", diz René.
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